O "CALE-se" Festival Internacional de Teatro, que vem decorrendo anualmente desde 2007, em Vila Nova de Gaia, cumpriria este ano, caso se realiza-se, a sua sétima edição.
O Cale Estúdio de Teatro - Associação Cultural de Actores, organizador do evento, tudo tentou para garantir a realização do certame, reconhecido por todos como um evento que projecta Vila Nova de Gaia no panorama cultural nacional e com largas referências no mercado internacional.
Em condições normais, o Festival "CALE-se", arrancaria no terceiro sábado de Janeiro e prolongar-se-ia até Março, completando nove sessões com espectáculos de teatro, naquele que é o único festival com carácter competitivo existente em Portugal, em moldes idênticos, e no qual se atribuem os "prémios CALE" - galardões de mérito atribuídos a todos os participantes que se evidenciem nas várias categorias a concurso.
Apesar de todas as promessas de apoio por parte da Câmara Municipal de V. N. Gaia - oficialmente cumpridas, pois em reunião de Câmara foi deliberado por unanimidade atribuir ao festival uma comparticipação financeira - o facto é que a ajuda, tanto para a edição de 2012, como para a de 2013, até ao momento ainda não passou de uma mera (embora importante) decisão, dado que afalta de tesouraria que a edilidade atravessa inviabiliza que essa comparticipação seja, como referiu o vereador da Cultura, Mário Dorminsky, o "empurrão" que faltava para a continuidade do projecto.
Em anos anteriores a realização do "CALE-se" tem sido possível graças a uma cuidada e "elástica" gestão financeira por parte da organização, que, no entanto, este ano, chegou ao limite dos "milagres".
Os apoio da Junta de Freguesia de Canidelo - que mais uma vez se mostrou disponível para manter a sua ajuda em 2013 - e de várias empresas de comércio local não são suficientes para garantir a realização de um evento com a qualidade que o Cale Estúdio de Teatro exige e que já foi várias vezes reconhecida publicamente por personalidades de vários quadrantes, caso dos patronos que já foram a Canidelo no âmbito do "CALE-se" - Ruy de Carvalho, Adelaide João, Margarida Carpinteiro, Maria do Céu Guerra, Nicolau Breyner, Victor de Sousa - e de figuras públicas na área da politica como Luís Filipe Meneses, César Oliveira, Mário Dorminsky, Fernando Andrade, Ilda Figueiredo, Agostinho Santos, entre muitos outros.
Temos pena que o "CALE-se" fique calado, quebrando um ciclo crescente de reconhecimento.
Temos a certeza que é apenas uma pausa - uma pausa em ano de eleições autárquicas.
Temos pena de não poder agradecer publicamente - em palco - ao Executivo da Câmara e da Junta neste seu ultimo ano de mandato (devido a limitações de mandatos).
A todos quantos esta triste notícia colhe desprevenidos pedimos desculpa por esta interrupção; o festival segue dentro de um ano.
Esperamos a presença de todos no próximo "CALE-se" , sem falta em Janeiro de 2014.
Cale Estúdio de Teatro